FY VISITA: RITA WU

O nosso encontro mensal com clientes e amigos da marca dessa vez aconteceu com a apresentadora e analista de tecnologia da CNN Brasil, que nos recebeu em sua casa e compartilhou conosco um pouco dos princípios que a norteiam sobre moda, design e consumo.

FERNANDA YAMAMOTO: Você é arquiteta, designer, pesquisadora, produtora de conteúdo e apresentadora da CNN. O que mais te realiza profissionalmente? 

RITA WU: Vivemos um momento em que nunca se teve tanta informação e ao mesmo tempo tanta desinformação e alienação dos processos de produção. Entendo que meu trabalho é tentar revelar o que muitas vezes fica oculto para que as pessoas saibam melhor como escolher o que vão consumir, seja o conteúdo, a roupa, saber o que, quem e como foi produzido.

FERNANDA YAMAMOTO: O primeiro contato que tivemos foi por meio de uma produção para CNN. Por que houve interesse em nossas peças para compor o seu figurino?

RITA WU: Conhecia a marca há muitos anos! Sempre tive um grande fascínio por tudo que vocês fazem, tanto pelo cuidado e respeito pela matéria com que trabalham, quanto pela genialidade das formas. Trabalhar na TV envolve uma série de criação de narrativas e com o figurino é a mesma coisa. As roupas da FY traduzem em forma e matéria muito do que eu penso sobre o design, em todas as suas abrangências.

  

FERNANDA YAMAMOTO: Quais as características do nosso trabalho que despertam o seu interesse, que mais têm a ver com você?

RITA WU: A construção (e a desconstrução) das formas sempre me foram de grande interesse. Sempre tive um olhar atento à modelagem, que é o que me chama mais atenção nas peças desenhadas por vocês. Além disso, a escolha cuidadosa dos tecidos compõe uma narrativa que vai muito além da roupa: é um discurso sobre formas de produzir conhecimento através do design conceitual e também extremamente propositivo, da sustentabilidade às formas. Vestir corpos é uma grande responsabilidade, principalmente quando são corpos que propõem. Vocês propõem radicalidades com corpos igualmente radicais em cada um de seus fazeres.